Ordem ao caos

No princípio Deus criou os céus e a terra. Era a terra sem forma e vazia; trevas cobriam a face do abismo, e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. […] E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o sexto dia – Gênesis 1.1, 2 e 31

 

INTRODUÇÃO

Eugene Peterson, em seu livro A Maldição do Cristo Genérico (2007, p. 34 e 35), comentando sobre o incidente da descida do Espírito Santo sobre Jesus às margens do Jordão (Marcos 1.9 a 11), afirma o seguinte:

Gênesis é cosmológico e nos apresenta um caos aquático no qual Deus soprou forma, plenitude e luz; da não-vida, surge a vida orgânica e inorgânica. O evangelho de Marcos apresenta um rio local conhecido no qual Jesus foi batizado, primeiro imerso no rio e depois emergindo dele. O batismo é uma repetição de Gênesis. Quando Jesus sai da água, Deus sopra vida nele. Desta vez, isso se dá de forma visível, por meio de algo que se parece com uma pomba descendo do céu. A pomba que desce sobre Jesus fornece o elo visual com Gênesis 1.

O verbo usado para “o Espírito de Deus pairava (merachepheth) por sobre as águas” é também usado em Deuteronômio (32:11) para uma águia que “voeja” de forma cuidadosa ou protetora sobre os filhotes em seu ninho. As aves — a águia pairando em Deuteronômio e a pomba no Evangelho de Marcos — oferecem à nossa imaginação uma representação do Espírito de Deus. Assim como em Gênesis o fôlego de Deus, que primeiro se torna visível, imediatamente passa a ser audível na declaração “Haja …”, em Marcos também se ouve a voz: “Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo” (Mc 1.11). Foram muitos os acontecimentos entre Gênesis e a chegada de Jesus. A criação que surgiu pelo sopro vivificador de Deus já havia passado por maus bocados.

A morte tornou-se fator decisivo — morte, anticriação, a negação da vida, a eliminação da vida, a inimiga da vida. Na morte não há energia, nenhum movimento, nenhuma palavra. Mas ela nunca prevaleceu.

A vida — soprada por Deus, articulada por Deus — sempre sobreviveu e, por vezes, até prosperou. À medida que a morte se infiltrou no mundo criado, desenvolveu-se um vocabulário extenso associado a ela para identificar suas diversas formas, em palavras como “pecado”, “rebelião”, “iniquidade”, “perversidade”. A Bíblia apresenta uma longa narrativa da vida agredida pela morte, mas sempre sobrevivendo a ela. Vemos Deus constantemente — de maneiras novas e antigas — soprando vida em sua criação, nessas vidas contaminadas e assoladas pela morte.

Observamos uma trama complexa ao ler esta história: Deus criando um modo de vida a partir desse caos e miséria, Deus opondo-se à morte, Deus soprando vida na criação e nas criaturas, esse sopro de vida tornando-se audível repetidamente na forma de linguagem.

O vocabulário constituído de palavras de vida opõe-se à morte e a sobrepuja: palavras como “amor” e “esperança”; “obediência”, “fé” e “salvação”; “graça” e “louvor”. Palavras de aleluia e amém. O mesmo Espírito de Deus, articulado tão profusamente em palavras que criam, da informidade, do vazio e da escuridão, tudo o que há, “céus e terra”, peixes e pássaros, estrelas e árvores, plantas e animais, homem e mulher, agora desce sobre Jesus, que infundirá palavras de salvação na realidade do mundo acometido pela morte e dizimado pelo pecado.

 

 

 

Sobre o relato da criação Eugene Peterson diz que ele possui um ritmo próprio:

A estrutura rítmica de Gênesis 1 é sua característica mais proeminente. O relato da criação é organizado numa sequência de sete dias. Seis segmentos da criação começam com a oração “Disse Deus…” e terminam com “Houve tarde e manhã…”, seguida do número do dia, de um a seis. Mas o sétimo dia é tratado de forma diferente, o que lhe dá maior destaque. Em vez de o número estar na oração final, aparece na oração introdutória: “E havendo Deus terminado no sétimo dia a sua obra…”. O texto faz referência a esse dia três vezes, enfatizando-o muito mais que aos seis primeiros. Eis, portanto, o que observamos: a obra criadora de Deus nos é transmitida de forma rítmica: 12345677 7.

Há dois conjuntos de atividades criadoras, cada um com três dias. O primeiro conjunto dá forma ao caos pré-criação descrito no versículo 2 (o tohu); o segundo conjunto preenche esse vazio pré-criação (o bohu). Esses dois conjuntos de dias da criação, dias 1-3 formando o que estava “sem forma” e dias 4-6 preenchendo o “vazio”, são seguidos, então, pelo sétimo dia de descanso de criação com ênfase tripla. Há outra variação rítmica interessante. O terceiro dia de cada conjunto de três dias compreende uma criação dupla. Assim, a cadência passa a ser 1 2 3/3, 4 5 6/6, seguido de 7 7 7. […]

É claro que há muito mais em Gênesis 1. Há, também, a obra de cada um dos seis dias que nos leva a atentar para tudo o que está acontecendo ao nosso redor. Mas é pela dádiva do tempo que, em primeiro lugar, nos tornamos presentes e participamos dessa obra. Nada nessa criação existe meramente para ser estudado, analisado, entendido; cada elemento, a “obra” de cada dia, existe, antes de tudo, para ser recebida como uma “nota” integrante e coerente dos ritmos totalmente abrangentes do oratório da criação, na qual respiramos o mesmo ar que Deus soprou sobre o abismo; e, do mais profundo de nossos pulmões — nossa vida —, cantamos e dançamos para a glória de Deus. (Idem, 2007, p. 84 e 85)

 

Moisés elabora sua narrativa como se fosse uma peça teatral com seis atos, cada ato ocorrido num dia específico.

 

  1. ORDEM AO CAOS ORIGINAL

PRIMEIRO ATO:

Disse Deus: Haja luz, e houve luz. Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas. Deus chamou à luz dia, e às trevas chamou noite. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o primeiro dia – versos 3 a 5

 

SEGUNDO ATO:

Depois disse Deus: Haja entre as águas um firmamento que separe águas de águas. Então Deus fez o firmamento e separou as águas que estavam embaixo do firmamento das que estavam por cima. E assim foi. Ao firmamento Deus chamou céu. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o segundo dia – versos 6 a 8

 

TERCEIRO ATO

E disse Deus: Ajuntem-se num só lugar as águas que estão debaixo do céu, e apareça a parte seca. E assim foi. À parte seca Deus chamou terra, e chamou mares ao conjunto das águas. E Deus viu que ficou bom. Então disse Deus: Cubra-se a terra de vegetação: plantas que deem sementes e árvores cujos frutos produzam sementes de acordo com as suas espécies. E assim foi. A terra fez brotar a vegetação: plantas que dão sementes de acordo com as suas espécies, e árvores cujos frutos produzem sementes de acordo com as suas espécies. E Deus viu que ficou bom. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o terceiro dia – versos 9 a 13

 

QUARTO ATO

Disse Deus: Haja luminares no firmamento do céu para separar o dia da noite. Sirvam eles de sinais para marcar estações, dias e anos, e sirvam de luminares no firmamento do céu para iluminar a terra. E assim foi. Deus fez os dois grandes luminares: o maior para governar o dia e o menor para governar a noite; fez também as estrelas. Deus os colocou no firmamento do céu para iluminar a terra, governar o dia e a noite, e separar a luz das trevas. E Deus viu que ficou bom. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o quarto dia.

 

QUINTO ATO

Disse também Deus: Encham-se as águas de seres vivos, e sobre a terra voem aves sob o firmamento do céu. Assim Deus criou os grandes animais aquáticos e os demais seres vivos que povoam as águas, de acordo com as suas espécies; e todas as aves, de acordo com as suas espécies. E Deus viu que ficou bom. Então Deus os abençoou, dizendo: Sejam férteis e multipliquem-se! Encham as águas dos mares! E multipliquem-se as aves na terra. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o quinto dia – versos 20 a 23

 

SEXTO ATO

E disse Deus: Produza a terra seres vivos de acordo com as suas espécies: rebanhos domésticos, animais selvagens e os demais seres vivos da terra, cada um de acordo com a sua espécie. E assim foi. Deus fez os animais selvagens de acordo com as suas espécies, os rebanhos domésticos de acordo com as suas espécies, e os demais seres vivos da terra de acordo com as suas espécies. E Deus viu que ficou bom. Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais grandes de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão. Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Deus os abençoou, e lhes disse: Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra. Disse Deus: Eis que lhes dou todas as plantas que nascem em toda a terra e produzem sementes, e todas as árvores que dão frutos com sementes. Elas servirão de alimento para vocês. E dou todos os vegetais como alimento a tudo o que tem em si fôlego de vida: a todos os grandes animais da terra, a todas as aves do céu e a todas as criaturas que se movem rente ao chão. E assim foi. E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom. Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o sexto dia – versos 24 a 31

 

Há uma lição a permear o relato da criação: DEUS ODEIA O CAOS

  1. O MACRO CAOS

Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência. Anteriormente, todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira. Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida juntamente com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões — pela graça vocês são salvos. Deus nos ressuscitou com Cristo e com ele nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus, para mostrar, nas eras que hão de vir, a incomparável riqueza de sua graça, demonstrada em sua bondade para conosco em Cristo Jesus. Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie. Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos – Efésios 2.1 a 10

 

A mão do Senhor estava sobre mim, e por seu Espírito ele me levou a um vale cheio de ossos. Ele me levou de um lado para outro, e pude ver que era enorme o número de ossos no vale, e que os ossos estavam muito secos. Ele me perguntou: Filho do homem, esses ossos poderão tornar a viver? Eu respondi: Ó Soberano Senhor, só tu o sabes. Então ele me disse: Profetize a esses ossos e diga-lhes: Ossos secos, ouçam a palavra do Senhor! Assim diz o Soberano Senhor a estes ossos: Farei um espírito entrar em vocês, e vocês terão vida. Porei tendões em vocês e farei aparecer carne sobre vocês e os cobrirei com pele; porei um espírito em vocês, e vocês terão vida. Então vocês saberão que eu sou o Senhor. E eu profetizei conforme a ordem recebida. E, enquanto profetizava, houve um barulho, um som de chocalho, e os ossos se juntaram, osso com osso. Olhei, e os ossos foram cobertos de tendões e de carne, e depois de pele, mas não havia espírito neles. A seguir ele me disse: Profetize ao espírito; profetize, filho do homem, e diga-lhe: Assim diz o Soberano Senhor: Venha desde os quatro ventos, ó espírito, e sopre dentro desses mortos, para que vivam. Profetizei conforme a ordem recebida, e o espírito entrou neles; eles receberam vida e se puseram de pé. Era um exército enorme! Então ele me disse: Filho do homem, esses ossos são toda a nação de Israel. Eles dizem: Nossos ossos se secaram e nossa esperança se foi; fomos exterminados. Por isso profetize e diga-lhes: Assim diz o Soberano Senhor: Ó meu povo, vou abrir os seus túmulos e fazê-los sair; trarei vocês de volta à terra de Israel. E, quando eu abrir os seus túmulos e os fizer sair, vocês, meu povo, saberão que eu sou o Senhor. Porei o meu Espírito em vocês, e vocês viverão, e eu os estabelecerei em sua própria terra. Então vocês saberão que eu, o Senhor, falei, e o fiz seus companheiros, palavra do Senhor – Ezequiel 37.1 a 14

 

  • OS MICROS CAOS

Como consequência e expressão do macro caos, há inúmeros micros caos relatados na Bíblia. Sempre que se deparava com um micro caos, Jesus Cristo fazia o que ele havia visto o Pai fazer.

Jesus lhes deu esta resposta: Eu lhes digo verdadeiramente que o Filho não pode fazer nada de si mesmo; só pode fazer o que vê o Pai fazer, porque o que o Pai faz o Filho também faz – João 5.19

 

  1. ACABOU O VINHO – JOÃO 2

No terceiro dia houve um casamento em Caná da Galileia. A mãe de Jesus estava ali; Jesus e seus discípulos também haviam sido convidados para o casamento. Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm mais vinho. Respondeu Jesus: Que temos nós em comum, mulher? A minha hora ainda não chegou. Sua mãe disse aos serviçais: Façam tudo o que ele lhes mandar. Ali perto havia seis potes de pedra, do tipo usado pelos judeus para as purificações cerimoniais; em cada pote cabia entre oitenta a cento e vinte litros. Disse Jesus aos serviçais: Encham os potes com água. E os encheram até à borda. Então lhes disse: “Agora, levem um pouco do vinho ao encarregado da festa. Eles assim o fizeram, e o encarregado da festa provou a água que fora transformada em vinho, sem saber de onde este viera, embora o soubessem os serviçais que haviam tirado a água. Então chamou o noivo e disse: Todos servem primeiro o melhor vinho e, depois que os convidados já beberam bastante, o vinho inferior é servido; mas você guardou o melhor até agora. Este sinal miraculoso, em Caná da Galileia, foi o primeiro que Jesus realizou. Revelou assim a sua glória, e os seus discípulos creram nele – João 2.1 a 11

 

  1. TENHO PÉS, MAS NÃO CONSIGO ANDAR – JOÃO 5

Algum tempo depois, Jesus subiu a Jerusalém para uma festa dos judeus. Há em Jerusalém, perto da porta das Ovelhas, um tanque que, em aramaico, é chamado Betesda, tendo cinco entradas em volta. Ali costumava ficar grande número de pessoas doentes e inválidas: cegos, mancos e paralíticos. Eles esperavam um movimento nas águas. De vez em quando descia um anjo do Senhor e agitava as águas. O primeiro que entrasse no tanque, depois de agitada as águas, era curado de qualquer doença que tivesse. Um dos que estavam ali era paralítico fazia trinta e oito anos. Quando o viu deitado e soube que ele vivia naquele estado durante tanto tempo, Jesus lhe perguntou: Você quer ser curado? Disse o paralítico: Senhor, não tenho ninguém que me ajude a entrar no tanque quando a água é agitada. Enquanto estou tentando entrar, outro chega antes de mim. Então Jesus lhe disse: Levante-se! Pegue a sua maca e ande. Imediatamente o homem ficou curado, pegou a maca e começou a andar – João 5.1 a 9

 

  1. TENHO OLHOS, MAS NÃO VEJO – JOÃO 9

Ao passar, Jesus viu um cego de nascença. Seus discípulos lhe perguntaram: Mestre, quem pecou: este homem ou seus pais, para que ele nascesse cego? Disse Jesus: “Nem ele nem seus pais pecaram, mas isto aconteceu para que a obra de Deus se manifestasse na vida dele. Enquanto é dia, precisamos realizar a obra daquele que me enviou. A noite se aproxima, quando ninguém pode trabalhar. Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo. Tendo dito isso, ele cuspiu no chão, misturou terra com saliva e aplicou-a aos olhos do homem. Então lhe disse: Vá lavar-se no tanque de Siloé (que significa Enviado). O homem foi, lavou-se e voltou vendo – João 9.1 a 7

 

  1. JÁ FAZ QUATRO DIAS QUE ELE MORREU – JOÃO 11

Ao chegar, Jesus verificou que Lázaro já estava no sepulcro havia quatro dias. Betânia distava cerca de três quilômetros de Jerusalém, e muitos judeus tinham ido visitar Marta e Maria para confortá-las pela perda do irmão. Quando Marta ouviu que Jesus estava chegando, foi encontrá-lo, mas Maria ficou em casa. Disse Marta a Jesus: Senhor, se estivesses aqui meu irmão não teria morrido. Mas sei que, mesmo agora, Deus te dará tudo o que pedires. Disse-lhe Jesus: O seu irmão vai ressuscitar. Marta respondeu: Eu sei que ele vai ressuscitar na ressurreição, no último dia. Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você crê nisso? Ela lhe respondeu: Sim, Senhor, eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo. E depois de dizer isso, foi para casa e, chamando à parte Maria, disse-lhe: O Mestre está aqui e está chamando você. Ao ouvir isso, Maria levantou-se depressa e foi ao encontro dele. Jesus ainda não tinha entrado no povoado, mas estava no lugar onde Marta o encontrara. Quando notaram que ela se levantou depressa e saiu, os judeus, que a estavam confortando em casa, seguiram-na, supondo que ela ia ao sepulcro, para ali chorar. Chegando ao lugar onde Jesus estava e vendo-o, Maria prostrou-se aos seus pés e disse: Senhor, se estivesses aqui meu irmão não teria morrido. Ao ver chorando Maria e os judeus que a acompanhavam, Jesus agitou-se no espírito e perturbou-se. Onde o colocaram? perguntou ele. Vem e vê, Senhor, responderam eles. Jesus chorou. Então os judeus disseram: Vejam como ele o amava! Mas alguns deles disseram: Ele, que abriu os olhos do cego, não poderia ter impedido que este homem morresse? Jesus, outra vez profundamente comovido, foi até o sepulcro. Era uma gruta com uma pedra colocada à entrada. Tirem a pedra, disse ele. Disse Marta, irmã do morto: Senhor, ele já cheira mal, pois já faz quatro dias. Disse-lhe Jesus: Não lhe falei que, se você cresse, veria a glória de Deus? Então tiraram a pedra. Jesus olhou para cima e disse: Pai, eu te agradeço porque me ouviste. Eu sabia que sempre me ouves, mas disse isso por causa do povo que está aqui, para que creia que tu me enviaste. Depois de dizer isso, Jesus bradou em alta voz: Lázaro, venha para fora! O morto saiu, com as mãos e os pés envolvidos em faixas de linho, e o rosto envolto num pano. Disse-lhes Jesus: Tirem as faixas dele e deixem-no ir. Muitos dos judeus que tinham vindo visitar Maria, vendo o que Jesus fizera, creram nele – João 11.17 a 45

 

CONCLUSÃO:

Deus odeia o caos.

Jesus, que é a exata expressão do Pai também odeia o caos.

Se vivemos com quem odeia o caos, devemos também odiar o caos e desejar ardentemente a ordem.

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