O conhecimento de Deus, fundamento da renovação da mente

INTRODUÇÃO:

Paulo, solicitamente, roga aos irmãos de Roma que apresentem seus corpos a Deus como um sacrifício vivo. O sacrifício vivo era uma espécie de consagração de vida. Diferente dos sacrifícios onde havia a morte do sacrificado, no sacrifício vivo o oferecido permanece vivo, somente que, da consagração em diante ele não mais iria viver para si, e sim para aquele a quem fora consagrado. Além de vivo o sacrifico deve ser santo e agradável a Deus. Por natureza a auto-consagração de alguém a Deus pressupõe a necessidade de santidade, o que em si é agradável a Deus.

Depois de requerer que eles se ofereçam a Deus, Paulo ordena que eles tenham uma postura contestadora em relação ao tempo em que eles viviam. Não se conformar significa não assumir a forma, não concordar com o modo de ser e pensar da sociedade pagã que os circundava. Não se conformar era o primeiro passo para eles serem transformados mediante a renovação da mente. Só depois de terem suas mentes renovadas é que eles se tornariam aptos a “experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” – verso 2.

A renovação da mente acontece em decorrência de nossa posição firme de não nos deixarmos amoldar pelo que caracteriza a mentalidade da sociedade sem Deus. Não nos conformaremos com o mundo quando conhecemos a mente e o coração de Deus. Na experiência de Jó vemos um progresso em conhecer, não somente a mente da Deus como também o seu coração.

Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram – Jó 42.5

Jó, no final de sua saga reconhece que depois do sofrimento seu conhecimento de Deus é mais amplo e completo. Jó havia tido experiências com Deus em tempos de abundância e paz. Mas ao passar pelo turbilhão da privação e da dor decorrente das perdas ele afirma ao final que seu conhecimento de Deus foi aprimorado durante o processo. O conhecimento de Deus é o fundamento da renovação da mente. Uma pessoa que conhece a Deus, tanto quanto é possível conhecê-lo, terá sua forma de ver a Deus, a si mesmo e ao mundo, radicalmente mudada.

 

O QUE DE DEUS E PODE CONHECER

Portanto, a ira de Deus é revelada do céu contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça, pois o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis; porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e os seus corações insensatos se obscureceram. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos e trocaram a glória do Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do homem mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes e répteis – Rm 1.18 a 23

Antes de iniciarmos nossa caminhada rumo ao conhecimento de Deus precisamos perguntar:

  1. O que de Deus podemos conhecer?
  2. Como podemos conhecer “o que de Deus se pode conhecer”?

Paulo afirma que podemos conhecer de Deus:

  1. Os atributos invisíveis de Deus – Sua natureza eterna, transcendente e imutável. Sendo o Criador ele existe antes, além e apesar de tudo e todos.
  2. Seu eterno poder – O eterno poder de Deus se manifesta a todos por meio da imensidão em extensão e complexidade das coisas criadas.
  3. Sua natureza divina – Diferente de nós Deus não partilha de nossas limitações, ele está acima e governa tudo e todos. Ele é divino no sentido em que é de uma natureza excessivamente mais excelente que a humana.

Os filósofos da antiguidade já argumentavam a respeito da necessidade de haver uma causa eficaz para as coisas existentes. Eles sabiam que a lógica exige que haja um Criador ou devemos supor que a matéria é criadora de si mesma, o que seria difícil de se admitir.

Anselmo de Cantuária afirmou que a ordem que se percebe no universo atesta a existência de um Ser capaz de criar e manter o universo em movimento segundo um propósito insondável e perfeito.

Imanuel Kant, filósofo alemão, afirmou que a natureza, em suas múltiplas manifestações testemunha ao homem que há um Criador sábio por trás de todas as coisas criadas.

 

CONHECENDO A MENTE DE DEUS

Quem conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? – Rm 11.34

A resposta a esta pergunta é ninguém. Somente o Espírito de Deus conhece a mente de Deus:

Eu mesmo, irmãos, quando estive entre vocês, não fui com discurso eloquente nem com muita sabedoria para lhes proclamar o mistério de Deus. Pois decidi nada saber entre vocês, a não ser Jesus Cristo, e este, crucificado. E foi com fraqueza, temor e com muito tremor que estive entre vocês. Minha mensagem e minha pregação não consistiram de palavras persuasivas de sabedoria, mas consistiram de demonstração do poder do Espírito,para que a fé que vocês têm não se baseasse na sabedoria humana, mas no poder de Deus. Entretanto, falamos de sabedoria entre os maduros, mas não da sabedoria desta era ou dos poderosos desta era, que estão sendo reduzidos a nada. Pelo contrário, falamos da sabedoria de Deus, do mistério que estava oculto, o qual Deus preordenou, antes do princípio das eras, para a nossa glória. Nenhum dos poderosos desta era o entendeu, pois, se o tivessem entendido, não teriam crucificado o Senhor da glória. Todavia, como está escrito: “Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam”; mas Deus o revelou a nós por meio do Espírito. O Espírito sonda todas as coisas, até mesmo as coisas mais profundas de Deus. Pois, quem dentre os homens conhece as coisas do homem, a não ser o espírito do homem que nele está? Da mesma forma, ninguém conhece as coisas de Deus, a não ser o Espírito de Deus. Nós, porém, não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito procedente de Deus, para que entendamos as coisas que Deus nos tem dado gratuitamente – 1Co 1.6 a 12

Conhecer Deus por meio da criação é fundamental, mas carece de profundidade. O homem, ser moral e racional precisa conhecer o caráter de Deus por meio de um instrumento racional e coeso.

O Espírito Santo inspirou homens e mulheres, por longos 1.600 anos para escrever e deixar registrado num livro sagrado a mente de Deus. A bíblia é uma revelação proposicional, grafada em caracteres compreensíveis à mente humana, a respeito do que Deus deseja que saibamos sobre ele, seu plano e modo de agir.

Paulo fala aos coríntios que o evangelho é a revelação do mistério de Deus escondido em Cristo, o qual não é possível ser acessado por meio do intelecto humano, nem por meio da contemplação das cosias criadas. Somente o Espírito Santo, aquele que sonda e “conhece as coisas de Deus” pode conceder a nós a revelação do conteúdo desse mistério sublime. E isso ele fez ao revelar aos escritores das Escrituras.

Foi a respeito dessa salvação que os profetas que falaram da graça destinada a vocês investigaram e examinaram, procurando saber o tempo e as circunstâncias para os quais apontava o Espírito de Cristo que neles estava, quando lhes predisse os sofrimentos de Cristo e as glórias que se seguiriam àqueles sofrimentos. A eles foi revelado que estavam ministrando, não para si próprios, mas para vocês, quando falaram das coisas que agora lhes foram anunciadas por meio daqueles que lhes pregaram o evangelho pelo Espírito Santo enviado do céu; coisas que até os anjos anseiam observar – 1Pe 1.10 a 12

E ainda:

De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; pelo contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade. Ele recebeu honra e glória da parte de Deus Pai, quando da suprema glória lhe foi dirigida a voz que disse: “Este é o meu filho amado, em quem me agrado”. Nós mesmos ouvimos essa voz vinda do céu, quando estávamos com ele no monte santo. Assim, temos ainda mais firme a palavra dos profetas, e vocês farão bem se a ela prestarem atenção, como a uma candeia que brilha em lugar escuro, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em seus corações. Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo – 2Pe 1.16 a 21

Por meio da contemplação da natureza e da leitura, estudo e meditação das Escrituras podemos conhecer a Deus. Conhecemos fatos sobre Deus na contemplação da natureza, conhecemos a mente de Deus nas Escrituras. Mas podemos também conhecê-lo por meio de Jesus Cristo, o Filho perfeito do Pai perfeito.

  • CONHECENDO O CORAÇÃO DE DEUS

Ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus Unigênito, que está junto do Pai, o tornou conhecido – Jo 1.18

Somente o Deus unigênito pode oferecer a nós uma revelação mais plena do Deus eterno.

Disse-lhe Tomé: “Senhor, não sabemos para onde vais; como então podemos saber o caminho?” Respondeu Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim. Se vocês realmente me conhecessem, conheceriam também o meu Pai. Já agora vocês o conhecem e o têm visto”. Disse Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta”. Jesus respondeu: “Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo? Quem me vê, vê o Pai. Como você pode dizer: ‘Mostra-nos o Pai’? Você não crê que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu lhes digo não são apenas minhas. Pelo contrário, o Pai, que vive em mim, está realizando a sua obra. Creiam em mim quando digo que estou no Pai e que o Pai está em mim; ou pelo menos creiam por causa das mesmas obras – Jo 14.5 a 11

Filipe estava com o desejo certo, mas seu coração ainda não estava preparado para contemplar o Pai na face do Filho.

  1. Contemplar a criação e perceber nela a mão de Deus é algo importante e bom, mas é bem básico.
  2. Perceber a mente de Deus na leitura, estudo e meditação das Escrituras é um passo além do anterior, mas ainda assim precisa ser levado a um patamar mais elevado
  3. Contemplamos mais plenamente o Pai na face do seu Filho.

O Filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser, sustentando todas as coisas por sua palavra poderosa. Depois de ter realizado a purificação dos pecados, ele se assentou à direita da Majestade nas alturas, tornando-se tão superior aos anjos quanto o nome que herdou é superior ao deles – Hb 1.3 e 4

Somente podemos dizer que conhecemos a Deus se o tivermos contemplado na face do Filho.

Paulo afirma em Rm 12.1 e 2 que o resultado da transformação por maio da renovação de nossa mente é a capacidade de “experimentar a boa, perfeita e agradável vontade de Deus”. Acompanha o conhecimento de Deus o conhecimento a respeito de sua vontade.

Assim como os olhos dos servos estão atentos à mão de seu senhor, e como os olhos das servas estão atentos à mão de sua senhora, também os nossos olhos estão atentos ao Senhor, ao nosso Deus, esperando que ele tenha misericórdia de nós – Sl 123.2

 

CONHECENDO A VONTADE DE DEUS

A HISTÓRIA E A META-HISTÓRIA

O livro de Jó deve ser considerado uma espécie de “janela aberta” onde a meta-história se descortina por um breve momento e nos mostra que há muito mais coisas acontecendo além do nosso campo visual. O diálogo celestial entre Deus e Satanás nos mostra que muitas coisas que acontecem aqui são resultantes de deliberações eternas.

O que Jó aprendeu de Deus em tempos de paz e prosperidade?

Jó teve uma vida próspera e virtuosa. O relato nos informa que ele era rico, honrado e próspero. Ele certamente aprendeu muita coisa sobre Deus antes de ser provado. O conhecimento adquirido em tempos de prosperidade é muito importante e pode servir de base para nos manter firmes nos dias de adversidades. Mas, a partir da experiência de Jó, podemos concluir que o conhecimento que obtemos de Deus em tempos de prosperidade e paz pode manter-nos num nível supérfluo de conhecimento a respeito da mente e do coração de Deus.

As acusações de Satanás:

Certo dia os anjos vieram apresentar-se ao Senhor, e Satanás também veio com eles. O Senhor disse a Satanás: “De onde você veio? ” Satanás respondeu ao Senhor: “De perambular pela terra e andar por ela”. Disse então o Senhor a Satanás: “Reparou em meu servo Jó? Não há ninguém na terra como ele, irrepreensível, íntegro, homem que teme a Deus e evita o mal”. “Será que Jó não tem razões para temer a Deus?”, respondeu Satanás. “Acaso não puseste uma cerca em volta dele, da família dele e de tudo o que ele possui? Tu mesmo tens abençoado tudo o que ele faz, de modo que todos os seus rebanhos estão espalhados por toda a terra – Jó 1.6 a 10

Num outro dia os anjos vieram apresentar-se ao Senhor, e Satanás também veio com eles para apresentar-se. E o Senhor disse a Satanás, “De onde você vem?” Satanás respondeu ao Senhor: “De perambular pela terra e andar por ela”. Disse então o Senhor a Satanás: “Reparou em meu servo Jó? Não há ninguém na terra como ele, irrepreensível, íntegro, homem que teme a Deus e evita o mal. Ele se mantém íntegro, apesar de você me haver instigado contra ele para arruiná-lo sem motivo”. “Pele por pele!”, respondeu Satanás. “Um homem dará tudo o que tem por sua vida. Estende a tua mão e fere a sua carne e os seus ossos, e com certeza ele te amaldiçoará na tua face – Jó 1.1 a 5

Jó passou por sofrimentos horrendos por um período de aproximadamente 2 anos. Sua dor lhe parecia insuportável e em muitos momentos ele pediu para Deus o matar. Ao fim ele pode perceber que há coisa que aprendemos a respeito de Deus unicamente nos momentos de perdas e dores.

ESTÁGIOS DO APRENDIZADO NA DOR:

  1. A experiência da perda

Jó perdeu tudo e ficou apenas “pelo e ossos”, somente suas gengivas escaparam – Jó 19.20. Perdas materiais, perdas humanas e perda da saúde. Só não perdeu a vida porque Deus intercedeu por ele.

Nossas perdas revelam a nós o que realmente tem valor. Perder bens, pessoas que amamos e até mesmo nossa saúde é algo que não desejamos em momento algum de nossa vida.

Mas, somente quando perdemos bens, pessoas ou nossa saúde é que descobrimos que podemos perder tudo, a te mesmo a vida, ainda assim, tendo Deus conosco nada perdemos de fato.

Deus é a nossa única possessão verdadeira. Mesmo a vida que julgamos ser nosso maior patrimônio não está em nosso poder manter.

O que nos consola é saber que nossa vida está escondida por Deus em Cristo:

Pois vocês morreram, e agora a sua vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a sua vida, for manifestado, então vocês também serão manifestados com ele em glória – Cl 3.3 e 4

É no vale da sombra da morte que o cristão percebe a presença de Deus “junto a ele” – Sl 23.4.

  1. Desnorteamento

As perdas provocam um desnorteamento em nós. Ficamos sem saber que direção tomar. Nossa vida sobre uma mudança repentina e ficamos catatônicos, como pessoas que perderam o chão e não têm mais para onde ir. Jó ficou desnorteado em função das perdas, suas palavras revelam que ele não tinha muita esperança de sair vivo daquela situação.

  1. Amargura

Jó nos dá entender que sentiu seu coração ficou amargo e frio em relação a todos, inclusive em relação a Deus. Por não entender o que estava acontecendo ele buscou culpados. Deus pareceu a ele o culpado-mor, a fonte de todas as suas desgraças. Suas palavras são duras e cheias de dor.

  1. Ressentimento

O coração amargo se entrega a um sentimento de injustiça e desejo de desforra. Vencer o debate com seus “amigos” era para ele algum tipo de conquista, uma demonstração de que sua causa era justa aos olhos dos homens e de Deus.

  1. Desespero

Não faltou a Jó o desejo de que sua vida se findasse e que Deus desse cabo ao seu sofrimento. O desespero dele era tão grande que sua mente parece confusa e incoerente. Jó estava vendo seus dias terminarem em tragédia.

  1. Confrontação – Jó 38

Depois de falar o que queria Jó ouviu o que precisava:

Então o Senhor respondeu a Jó do meio da tempestade. Disse ele:Quem é esse que obscurece o meu conselho com palavras sem conhecimento? Prepare-se como simples homem; vou fazer-lhe perguntas, e você me responderá – Jó 38 1 a 3

As primeiras perguntas de Deus a Jó foram incisivas?

Onde você estava quando lancei os alicerces da terra? Responda-me, se é que você sabe tanto.Quem marcou os limites das suas dimensões? Vai ver que você sabe! E quem estendeu sobre ela a linha de medir? E as suas bases, sobre o que foram postas? E quem colocou sua pedra de esquina, enquanto as estrelas matutinas juntas cantavam e todos os anjos se regozijavam? – Jó 38.4 a 7

As próximas perguntas revelaram a Jó quão insignificante ele era diante da majestosa sabedoria e do grandioso poder de Deus. Jó viu quão impotente ele era e seus argumentos, que pareciam a ele tão plausíveis, não passavam de “palha seca jogada ao fogo”, como disse Tomás de Aquino a respeito de seus escritos.

  1. Quebrantamento:

Então Jó respondeu ao Senhor: Sou indigno; como posso responder-te? Ponho a mão sobre a minha boca. Falei uma vez, mas não tenho resposta; sim, duas vezes, mas não direi mais nada – Jó 40.3 a 5

O reconhecimento da grandeza de Deus e nossa fragilidade nos conduzem ao fim de nós mesmo. Nesse momento a melhor atitude é o quebrantamento do coração:

Não te deleitas em sacrifícios nem te agradas em holocaustos, se não eu os traria. Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás – Sl 51.16 e 17

  1. Compreensão:

Então Jó respondeu ao Senhor: Sei que podes fazer todas as coisas; nenhum dos teus planos pode ser frustrado. Tu perguntaste: ‘Quem é esse que obscurece o meu conselho sem conhecimento?’ Certo é que falei de coisas que eu não entendia, coisas tão maravilhosas que eu não poderia saber. Tu disseste: ‘Agora escute, e eu falarei; vou fazer-lhe perguntas, e você me responderá’. Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram. Por isso menosprezo a mim mesmo e me arrependo no pó e na cinza – Jó 42.1 a 6

Jó percebeu que havia falado coisas a respeito das quais nada entendia, coisas tão maravilhosas que ele não poderia saber se Deus não revelasse a ele.

  1. Amabilidade:

Depois que Jó orou por seus amigos, o Senhor o tornou novamente próspero e lhe deu em dobro tudo o que tinha antes. Todos os seus irmãos e irmãs, e todos os que o haviam conhecido anteriormente vieram comer com ele em sua casa. Eles o consolaram e o confortaram por todas as tribulações que o Senhor tinha trazido sobre ele, e cada um lhe deu uma peça de prata e um anel de ouro – Jó 42.10 e 11

O quebrantamento e a compreensão do desígnio de Deus nos levam a ter uma postura mais amável, uma tolerância maior com aqueles que pouco ou nada sabem a respeito de Deus, seu caráter e modo de agir.

 

CONCLUSÃO:

Podemos e devemos conhecer tudo o que de Deus se pode conhecer. Podemos e devemos contemplar as mãos de Deus por trás de tudo que ele criou. Podemos e devemos conhecer a mente de Deus, revelada a nós nas Escrituras inspiradas pelo Espírito Santo. Podemos e devemos conhecer a Deus na face de Cristo. Mas nosso conhecimento de Deus somente será pleno quando o experimentarmos em nossa vida, seja nos momentos de paz e prosperidade como também nos de perdas e dores.

Publicar um comentário