Jesus entrou no templo e expulsou todos os que ali estavam comprando e vendendo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas, e lhes disse: “Está escrito: ‘A minha casa será chamada casa de oração’; mas vocês estão fazendo dela um ‘covil de ladrões’”. Os cegos e os mancos aproximaram-se dele no templo, e ele os curou. Mas quando os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei viram as coisas maravilhosas que Jesus fazia e as crianças gritando no templo: “Hosana ao Filho de Davi”, ficaram indignados, e lhe perguntaram: “Não estás ouvindo o que estas crianças estão dizendo?” Respondeu Jesus: “Sim, vocês nunca leram: ‘dos lábios das crianças e dos recém-nascidos suscitaste louvor’?” E, deixando-os, saiu da cidade para Betânia, onde passou a noite – Mt 21.12 a 17
INTRODUÇÃO:
Certo pastor metodista americano, do início do século passado, estava preparando seu sermão dominical. A noite não tinha sido de descanso e ele se encontrava exausto demais para se manter acordado naquela manhã de quarta-feira.
Tendo lido o texto de Mateus que narrava a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém o pastor adormeceu e sonhou.
No sonho ele estava perante sua congregação pregando o sermão que estava preparando. Depois de ler o texto sugerido ele observou que entrou pela porta principal da igreja um homem. Estava de terno e aparentava ser uma pessoa de refinada educação. O visitante se dirigiu a um lugar junto a um presbítero da igreja que calorosamente o recebeu.
O pastor, satisfeito pela visita tão ilustre, continuou seu sermão com toda empolgação. Contudo, ele não deixou de reparar que de tempos em tempos o visitante fazia perguntas ao presbítero que respondia calmamente seu interlocutor.
Ao final do culto o pastor se postou fora da porta da saída e aguardou ansiosamente a saída do presbítero e do visitante. Depois de cumprimentar toda a congregação o pastor avistou o presbítero saindo da igreja. Ficou decepcionado por não ver ao seu lado o ilustre visitante. Intrigado o pastor indagou do presbítero quem era o visitante.
Um tanto assustado com a pergunta o presbítero lhe perguntou:
— Pastor, o senhor não o reconheceu?
— Não, por que eu deveria? – respondeu o pastor.
— Ora, pastor, pelo amor de Deus, o senhor não reconheceu Jesus? Eu pensei que o senhor o reconheceria assim que o visse pela primeira vez.
O pastor, agora encabulado, fez uma nova pergunta:
— Percebi que você conversou com ele. O que ele perguntou?
O presbítero respondeu:
— Ele me fez algumas perguntas sobre a igreja.
— Que tipos de perguntas? – indagou o pastor.
— Bem, ele perguntou quem eram os coristas. Ele disse que não conhecia nenhum deles. Aí eu disse a ele que eram contratados. Ele também me perguntou por que há nomes nos primeiros bancos. Eu disse a ele que é porque temos o costume de vender os bancos da igreja às famílias mais abastadas. Acho que ele não gostou do que ouviu.
— Alguma coisa mais? – indagou o aflito pastor.
— Sim, ele também perguntou por que você estava usando aquela batina toda colorida. Eu disse a ele que é uma convenção da igreja. Aí ele franziu a testa e me perguntou por que a igreja precisava de convenções. A respeito disso eu fiquei sem respostas.
O pastor acordou de seu sonho e resolveu incorporar o relato do sonho ao seu sermão matinal. O efeito desse sermão foi tremendo. O pastor e a igreja tomaram providências no sentido de eliminar os corais contratados, a venda dos bancos, e o pastor resolveu pregar sem os paramentos costumeiros. A experiência dessa igreja virou um livro que foi lido por muitos pastores e comunidades daquela época.
E se Jesus viesse visitar-nos hoje?
- O que ele veria?
- O que ele não veria?
O que ele veria não é tanto minha preocupação, o que ele não veria, sim, seria, a meu ver a maior preocupação.
- O QUE JESUS VIU QUANDO VISITOU O TEMPLO EM JERUSALÉM?
Jesus viu um comércio muito bem estabelecido com regras e procedimentos típicos de mercado. Ele viu que a fé estava sendo objeto de compra e venda.
- Ele viu pessoas explorando e pessoas sendo exploradas – verso 12 e 13.
- Ele viu os pobres privados de acesso ao santuário – verso 14.
- Ele viu que gente grande estava se beneficiando desse comércio da fé – verso 15a.
- Ele viu crianças sendo colocadas à margem da fé verdadeira – verso 15b e 16.
- O QUE JESUS VIU QUANDO VISITOU AS SETE IGREJAS DA ÁSIA?
- Em Éfeso ele viu: Ap 2.1 a 7
- Obras – trabalho árduo – verso 2
- Perseverança – verso 2a e 3
- Zelo pela verdade – verso 2b e 6
- Em Esmirna ele viu: Ap 2.8 a 11
- Aflição e pobreza – verso 9
- Agentes do mal infiltrados na igreja – verso 9
- Em Pérgamo ele viu: Ap 2.12 a 17
- Fidelidade – verso 13 (porém)
- Frouxidão doutrinal – verso 14
- Em Tiatira ele viu: Ap 2.18 a 29
- Obras, amor, fé serviço e perseverança (porém)
- Tolerância com as práticas pagãs – versos 20 a 23
- Em Sardes ele viu: Ap 3.1 a 6
- Obras imperfeitas – verso 2
- Em Filadelfia ele viu: Ap 3.7 a 13
- Obras – verso 8a
- Fidelidade – verso 8b e 10
- Inimigos infiltrados – verso 9
- Em Laodiceia ele viu: Ap 3.14 a 22
- Apatia – verso 15 e 16
- Presunção – verso 17
- O QUE JESUS NÃO VIU QUANDO VISITOU AS SETE IGREJAS DA ÁSIA?
- Em Éfeso ele não viu: Ap 2.1 a 7
- O primeiro amor – verso 4
- Arrependimento – verso 5
Observação: Em Esmirna não há algo digno de nota.
- Em Pérgamo ele viu: Ap 2.12 a 17
- Firmeza doutrinal – verso 14
- Em Tiatira ele não viu: Ap 2.18 a 29
- Apego ao evangelho puro – verso 24
- Em Sardes ele não viu: Ap 3.1 a 6
- Obras perfeitas – verso 2
Observação: Em Filadelfia não há algo digno de nota
- Laodiceia ele não viu: Ap 3.7 a 13
- Fervor – verso 15 e 16
- Humildade – verso 17 e 18
- Arrependimento – verso 19
CONCLUSÃO:
- Se Jesus viesse hoje visitar-nos, o que ele veria?
- O que ele veria seria o que ele realmente gostaria de ver?
- Se Jesus viesse hoje visitar-nos o que ele não veria?
- O que ele não veria seria algo importante para a igreja?
- Por que?